segunda-feira, 6 de julho de 2015

Palavras enviadas por Sérgio dos Santos Correa à Comissão Organizadora:

Muito obrigado pela maravilhosa festa que você e sua equipe nos proporcionaram na noite de ontem.

O contato com tantos amigos, professores, alunos, nos fez reviver o amor que adquirimos pela comunidade "furbiana".
A FURB tem um significado muito especial para minha vida.
Em 1970, eu trabalhava em Porto Alegre num CPD de um banco. Minha função era analista de sistemas. 
Recebi um convite para trabalhar num bureau de serviços que estava se formando numa cidade chamada Blumenau, em Santa Catarina.
Aceitei o convite e em junho de 70, me transferi para Blumenau, onde estou até hoje.

O fato que quero deixar registrado é a íntima relação do Cetil com a FURB.

O CETIL NASCEU NA FURB

Como nasceu o Cetil (Furb)  um pouco de história

No final da década de 60, Ingo Greuel e Décio Salles, funcionários da  Carteira de Câmbio do Banco do Brasil, cursavam o Curso de Administração da FURB. 
Ao definir o Projeto de graduação nesse curso, estavam avaliando duas ideias de projeto:   
1.       Lavanderia de uniformes para as indústrias locais (predominantemente têxteis)
2.       Uma empresa de processamento de dados
Um primo de Décio Salles (Otávio Salles) residente no Rio de Janeiro, representante de produtos de automação,  aconselhou a dupla a adotarem a opção 2.

Na época, o investimento para montar um CPD era descomunal.
Os fabricantes IBM, UNIVAC, BURROUGHS, NCR  forneciam hardware (equipamentos) e software (linguagem de programação) com tecnologia própria.
O Hardware exigia Instalações complexas :  climatização do ambiente (extrema sensibilidade a variações de temperatura e umidade).
Programas proprietários;  falta de compatibilidade da mídia.
A modalidade de contrato era de “Locação” do hardware e software.
Havia uma carência muito grande de “mão de obra” especializada.

No Estado de Santa Catarina, se não me engano, haviam apenas 2 CPDs  funcionando com os chamados “mainframes”:  um Univac  na Celesc Florianópolis e outro IBM no bureau de serviços  chamado Conteplan, em Joinville.

O tamanho do investimento desestimulava os mais otimistas e ousados empresários.
O projeto de graduação dos alunos da FURB Décio e Ingo motivou a criação de uma espécie de cooperativa congregando cerca de 30 empresas do vale, incluindo 2 empresas de Brusque, batizado com a marca CETIL Centro Eletrônico de Processamento de Dados.

A mídia de entrada da dados predominante era o cartão perfurado e a fita de papel. Os documentos e relatórios transitavam através de malotes entre a sede de cada empresa e o CPD.  Essa atividade constituiu uma fonte de emprego temporário a um contingente expressivo de jovens:  perfuradores de cartão, digitadores, conferentes, operadores, programadores, analistas, motoristas, instrutores... 

Os associados utilizavam o CPD de forma compartilhada, pagando o número de horas utilizadas por sua equipe de operadores. Nos primeiros anos, o uso do CPD funcionava na modalidade de “bloqueio de horas”  individual por empresa associada (processamento em  “batch”). Ao atingir um determinado volume de horas de uso, se tornava vantajoso ao associado, montar o seu próprio CPD.  Ou seja, o CETIL passou a ser uma incubadora de CPDs de suas associadas.  

Mais adiante, desenvolveu-se como prestadora de serviços e como fornecedora de software para o mercado nacional, com forte atuação nos sistemas para bancos, indústrias e governo.

Hoje, a região do Vale do Itajaí é reconhecida mundialmente como polo de informática.
A lista de ex-alunos dos cursos de Tecnologia de Informática está repleta de profissionais bem sucedidos.

Quero agradecer o estímulo recebido da Comissão de Avaliação que me submeteu a uma dura prova, constituída dos professores: 
CELSO ZIPF, 
DIDEROT DE CARLI
e o saudoso MILTON POMPEO DA COSTA RIBEIRO.  

Durante 3 anos, tive o privilégio de conduzir a disciplina “Introdução ao Processamento de Dados”. Esse período serviu para me integrar não só com o meio empresarial da região, como às famílias blumenauenses e me “naturalizar” blumenauense.


abraço !

Sergio dos Santos Correa


segunda-feira, 22 de junho de 2015

domingo, 31 de maio de 2015

Os 40 anos do Departamento de Sistemas e Computação serão comemorados através de eventos acadêmicos, científicos e sociais promovidos ou apoiados pelo DSC no ano de 2015.
A lista de eventos encontra-se ao lado. Clique e conheça um pouco mais.
Blumenau é reconhecida internacionalmente por ser uma cidade que abriga uma concentração muita alta de empresas de software. O polo de software de Blumenau é fruto de uma história iniciada na década de 1960 e que continua em construção.
Após a criação da CETIL em 1969, outro marco importante desta história foi a iniciativa conjunta da FURB e do setor empresarial da cidade, em particular a Cia Hering, para lançar em 21 de fevereiro de 1975 o primeiro edital de concurso vestibular para o Curso Técnico de Nível Superior em Processamento de Dados: o primeiro curso de SC e o oitavo do país na área de informática.
Para viabilizar a entrada da primeira turma em Agosto, a Universidade cria o Departamento de Informática em 04/Julho/1975.
A FURB, sempre acompanhando o desenvolvimento regional e promovendo a inovação, lança em Agosto de 1988 o curso de Bacharelado em Ciência da Computação em substituição ao curso de Tecnólogo em Processamento de Dados. E em Fevereiro de 2001 passa também a ofertar o curso de Bacharelado em Sistemas de Informação.
Toda esta formação, além da pós-graduação, possibilitou a expansão do setor empresarial, com suas mais de 500 empresas de software.